Não Largo da Soledade!
O Projeto Não largo da Soledade do último domingo, na Lapinha teve de tudo pra se sagrar alegre. Primeiro, a notícia da legalidade do evento que foi como um bálsamo pra mim, compro a idéia (com este blog) desde que a conheço, saco o diferencial que ele traz à vida cultural de Salvador. Não adianta fazer bico contra: Prefeitura e todos os órgãos que cuidam da liberação de atividades assim já deram o "ok".
O lance agora é oficializar a divulgação e ampliar o projeto, que com certeza carece de maior apoio. Segundo que duas das atrações da tarde, quero dizer: noite, me são muito caras. Da banda Palmares não esperei muita coisa, não gosto muito de reggae e depois, fizeram feio: seria a primeira atração da noite, mas não levaram fé no público que chegou lá no horário marcado. Dai foram pro final da noite e eu boicotei. O bom foi que por conta do atraso da Palmares, Matiz é que abriu o evento.
Matiz sim, era uma banda aguardada. Amo ouvir o vocal feminino, Mariana também está dominando em presença de palco: foi muito simpática; solicitou o público a cantar e a dançar com êxito. Pelo que vi e ouvi, parecia mesmo gostar de cantar lá.
Gostei da banda reincluir no repertório "Tous les garçons et les filles", da Françoise Hardy faz todo o sentido e tem tudo a ver com a banda.
Apesar de eu sempre pregar que o trabalho autoral é que deve dominar o repertório dos artistas iniciantes, também curti a execução de "Velha Roupa Colorida", de Belchior, mas conhecida na interpretação clássica de Elis Regina. Acontece que a música predileta da casa ainda continua sendo "Não vá rir".
Antes do show da banda Os Irmãos da Bailarina, a praça conta com as interferências do poeta local e já consagrado James Martins. Confesso que muitas vezes fico intimidada com a desenvoltura de James, provavelmente porque ele é incisivo, mas a coisa se ameniza quando eu vejo tamanha aceitação do público à poesia. Agora é a vez de outro poeta dizer das suas e também de tomar a letra de poetas outros: Luciano Jorge. Isso sem contar a música que o trio João Ninguém e Maria Vai com as Outras encenou no palco. Foi uma música só, mas achei que era alguma coisa bem perto a um brinquedo de armar.
Eis que Os Irmãos da Bailarina sobem ao palco e enquanto levam as músicas percebo mudança no repertório: tem mais músicas próprias, eu ainda não sei acompanhar, fico um pouco perdida. De repente uma bomba explode no meio da praça e Theo (vocalista) adverte ao autor desconhecido que ele se ligue na presença de crianças na praça. Mais músicas novas e eu trato de implorar por "Você" na esperança que ela não tenha saído do set list... E ela aparece, dedicada a mim.
Além dessas atrações, o evento pretende estender as práticas artísticas do Largo, tudo com maior estrutura. Portanto, artistas que queram ter seus trabalhos lá expostos, bandas que queiram tocar, todos devem se inscrever na comunidade do Projeto no orkut.
* Fotos de Laryne
7 Comments:
Gosto muito do som da Matiz mas tenho discordar de vc num ponto: tudo que falta à banda é presença de palco da vocalista, que tem uma voz linda mas é completamente apática, não tem nenhuma empatia com o público, até mesmo quando se esforça (como no citado show).
vc pode discordar de mim, patrícia... sem grilos...
pois é, mari sempre ouviu dessas críticas e o contrário disso ser relevante no texto, não é à toa.
no show a menina foi muito carismática, deu a linha e o público agarrou.
acredito sim que foi uma evolução dela na banda, que tem coisa de um ano (ou menos, ou mais, não lembro!) na estrada.
todo mundo pode evoluir, não acha??
o lance é ver a matiz de novo e dar o conferes. aliás, grande oportunidade é hoje na zauber, vai lá e nos conta!
Acredito que todo mundo não apenas pode como DEVE evoluir. A questão é que não consegui perceber essa tal evolução que vc falou. Acho que nem eu e nem boa parte das pessoas que estavam lá nesse show. A falta de performance e de interação até com a própria banda ainda estão lá. E refletem no público que fica sempre apático durante os shows.
Falo isso porque acho o som da banda muito bom e, pelo menos pra mim, a única coisa que falta é atitude em cima do palco.
ah, vc esteve no show, né patrícia?!
então, não viu ela dançando com as pessoas no palco, não viu a aura de felicidade??
não sacou os diálogos que manteve com os presentes???
Eu reparei mudança sim, desde o primeiro show que vi deles, até aquele.
mas a questão aqui se transforma em visão.
ainda vale a primeira dica: aguardar o próximo show e ver colé!
de qq sorte, encaminho as suas observações para a banda e em especial a Mariana.
continue participando assim no blog, muito bacana. volte sempre e nos ajude a melhorar aqui tb, obrigada!
Bem verdade que amigos são pau pra toda obra, ainda que se perceba um flagrante potencial, dizer que houve desenvoltura na apresentação da Matiz é apelar demais. A cantora? Ela hoje é somente um rostinho bonito com amigos influentes. Miwki procure ser imparcial.
Abraços
tá cheio de engraçadinho querendo me dar conselho...
podia dar uns tb...
!?
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