terça-feira, abril 24, 2007

Domingo: "Não Largo da Soledade!"


Não posso dizer que todos caminhos levavam à Lapinha, visto a quantidade de atividades listadas só aqui na agendona do blog, por exemplo. Aliás, me é referência também a quantidade de gente, que dividia o buzú comigo, indo para alguma igreja. Pra eles, domingo é dia de culto, de missa... Mas meu passaporte está previamente carimbado para muitos domingo no Largo da Soledade. E eu cumpri o destino.

Escultura em homenagem a Maria Quitéria

Ainda começando com atraso (não é às 17 hs que me fazem anunciar aqui?), o evento "Não Largo da Soledade!" seguiria confirmado como uma excelente opção cultural, mais democrática e de crescente adesão na capital soteropolitana, em especial à das redondezas.


Poeta James Martins

Hora e vez de James Martins, poeta-figura-pai-mãe-cantor-pastor-mestre de cerimônia-incentivador-franco e interrompido por diversas vezes. Um desrespeito, como ele também, fez questão de expressar à falta de atenção e cuidado dos organizadores para com a vídeo performance em cima de seu concretismo que era exposto no telão. Ele também convidou um amigo: Laúdio, outro poeta e músico para uma intervenção na Praça e o prato cheio foi a Carta de Pero Vaz Caminha, com a introdução da música Sítio do Pica-Pau Amarelo, do Ministro Gilberto Gil saída de uma flauta transversal. Ardorosamente aplaudido.



Julia Veota



Pouquinho depois das 18hs, tenho uma grata surpresa: Julia Veota! Desde sempre tomo conhecimento aqui e ali dessa banda, já coloquei shows deles neste blog, mas não havia tido a chance, e, olha, não me decepcionaram. Se um dia for possível juntar o Sonic Youth e o Radiohead, com todas as suas peculiaridades numa só banda, acredite, ela se chamará Julia Veota. A primeira banda da noite só não me foi mais proveitosa (e acredito que para o grupo também), porque eles estavam lavados em cachaça. Nada contra, mas a confusão mental do vocalista dava um daqueles vídeos engraçadões que rodam o mundo no You Tube. Por várias vezes o avançado estado etílico do batera o fez se atrapalhar com as baquetas. Porém, dando os devidos descontos, acredito demais no potencial artístico da banda, espero que eles também. Investiram muito na música de outros artistas, mas fiquei muito fascinada nas composições próprias em letra e groove. Curti!



Johnny Vermelho

Na vez da Johnny Vermelho, a Soul Music pede passagem. Foi um show bem dançante, pra cima, mas uma coisa tenho que considerar: eles tocaram muitos covers! O que me dá a impressão de essa parte da black music não conseguir se renovar. Até mesmo quando eram canções próprias, o deja vu era reforçado.
A banda foi bem entrosada com o enorme público que se ajuntava já àquela hora, distribuiu até bonés (marca da banda) e ainda comemorou aniversário de uma de suas produtoras, lá do palco.



Os Irmãos da Bailarina


Os donos da noite ainda são Os Irmãos da Bailarina. Tem gente que vai na praça só pra vê-los, que acompanha todas as músicas e que já os têm como positiva referência no projeto.
O show se inicia com a paritcipação de uma figurinha de quatro anos que simplesmente fez do microfone brinquedo e eletrizou os presentes com todo o desembaraço de uma estrela do rock. Bruno tomou posse do palco, da banda e intimava a platéia a seguí-lo repertindo refrões que pelo visto, só não eram conhecidos por mim. Enfim, a performance de Bruno só teve fim quando sua mãe o arrancou do palco, porque ele queria mais.

Só dai o vocalista Théo pode tomar pé da situação e então entoar canção nova. Pelo que apurei "Dor" havia sido composta na quarta-feira anterior e mesmo pouco ensaiada / testada, me agradou bastante. Problemas técnicos foram ocorrendo, mas nem com essas dificuldades Os Irmãos da Bailarina deixaram a peteca cair. Novamente fizeram um grande show.


O projeto, quero dizer, agora a realidade que se transformou o "Não Largo da Soledade!" seguirá domingos próximos e continua com inscrições abertas para artistas de todas as expressões que queiram se apresentar lá. Se você se interessou, siga o link.

Fotos: Camila Farias

11 Comments:

Anonymous Anônimo said...

O domingo na Soledade mais uma vez foi massa! Os Irmãos da Bailarina perfeitos como sempre. E aquela banda Julia Veota nunca tinha visto mas me diverti demais. O som me agradou e a galera insana.

19:40  
Blogger mov. nac. de busca e apoi a pessoas desaparecidas said...

pô, leu que eu tb curti, né??

adoraria saber quem é vc...

12:49  
Anonymous Anônimo said...

que maravilha mais eu prefiro o nhô caldos

13:55  
Anonymous Anônimo said...

Sem rivalidades, Nhô Caldos nas noites de sexta-feira e Soledade no domingo a tarde. Até minha mãe gostou de lá...

11:56  
Anonymous Anônimo said...

Mas sabe o que eu acho? Que a vocalista da Matiz e o vocalista da Julia Veota têm muito o que aprender um com o outro. Ela poderia ensinar a ele noções mínimas de afinação, enquanto ele passaria um pouco de conhecimento sobre performance de palco.
Seria sucesso garantido para as duas bandas!!!

12:06  
Anonymous Anônimo said...

eu nunca ia gostar de uma banda q minha mãe gostasse. alguma coisa está fora da ordem. eh a bahia tah uma maravilha mesmo kkkkkkk

18:42  
Anonymous Anônimo said...

O que está fora de ordem são suas noções de compreensão textual. A mãe de alguém gostou do lugar - Largo da Soledade - e não de uma banda, sei lá qual.
Isso é o que costuma ser chamado de analfabetismo funcional.

22:57  
Anonymous Anônimo said...

só uma observação: tá cheio de patrícia aqui!

23:09  
Anonymous Anônimo said...

eta cabecinha preconceituosa e bitolada, quer dizer que pai e filho não podem gostar de uma mesma banda? essa geração só caso quando durval Lelys morrer é foda!

11:47  
Anonymous Anônimo said...

One More Time!

21:44  
Anonymous Anônimo said...

gostaria de agradecer os idealizadores do projeto... e gostaria de ver bandas de Hardcore !

16:21  

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