sexta-feira, novembro 24, 2006

Cobertura: Pessoas Invisíveis, com Maria Rita


Segue relato de Nilma Cris sobre o show da Pessoas Invisíveis no Vivo Rio, dia 14/11, através do projeto Trama Universitário. Pra quem não se lembra, a Pessoas Invisíveis foi vencedora da seleção Norte-Nordeste para o festival e lá se juntou a bandas vencedoras de outras seleções regionais para abrir ao show de Maria Rita.

"Eu (não) tô no submundo!!"
Ou: Dia de Princesa de uma banda underground de rock







Se inventaram coisa melhor do que viajar, ainda não descobri (ok, viajar está entre as três melhores). Viajar para o Rio de Janeiro, então, com tudo pago (passagem, hotel, transporte, alimentação, birita), pra ver shows de graça e viver um Dia de Princesa é a glória. Quer dizer, não ficamos no Hotel Glória (como Maria Rita), mas o Sesc Copacabana ficou de bom tamanho. Chegamos no Galeão por volta das 14:30hs. Fomos recepcionados por um friozinho gostoso e uma chuvinha fina. Esperamos um pouco o moço da van chegar (Seu Paulo, um Carioca–Suingue-Sangue-Bom que nos acompanhou pra todos os cantos). Éramos eu, Bruno, Glauco, Carol, Deco, Bekko e Jera - os Pessoas Invisíveis e sua “produção”. O moço da van chegou e em pouco tempo estávamos passeando pela Linha Amarela, entre os estaleiros, algumas construções antigas e sob um céu nublado.

No Sesc Copacabana deixamos as coisas nos quartos e descemos pra procurar um lugar e lanchar. Tínhamos pouco tempo, pois a passagem do som estava marcada para as 18:30 hs e Bruno achou de bom tom chegar meia hora mais cedo. Comemos e Seu Paulo nos deixou no Vivo Rio, casa de shows da Vivo, que fica no Museu de Arte Moderna, Aterro do Flamengo. Quando estávamos nos preparando para estacionar, Bruno (com seu repertório incansável de piadas) olha pro carro do lado e diz: “Maria Rita, me dá um autógrafo!” e começa a rir. E a gente começa a rir também, crente que era uma piada. E era pra ser, mas ele só não contava que fosse Maria Rita mesmo. E quando percebemos que era ela, rimos ainda mais. Sim, estávamos meio bobos mesmo!!!


Ela havia acabado de passar o som, acabou atrasando todo mundo. Conhecemos o simpático Guilherme, um carinha superjovem, produtor da Trama, que estava à frente do evento. Ele nos conduziu ao palco. Quando entramos, a banda Os Garotas Suecas estava passando o som. Acompanhar passagem de som é uma das tarefas mais enfadonhas que uma namorada de músico pode enfrentar. Todos aqueles “alô, á, tshi-tshi, aumenta o microfone, dela diminui a guitarra dele...” ditos 5.489 vezes são um saco! Mas fui com o coração aberto, disposta a me divertir. O cara do som era profissa. Nunca tinha visto um daqueles. Não adiantou muito eu tentar enxergar o lado bom daquilo tudo. No começo foi legal, mas depois não quis brincar mais. Não tinha nem cerveja pra acompanhar as quase 3 horas de passagem de som que teríamos pela frente. E ainda mais depois que eu soube que não íamos poder ir pro hotel tomar banho (imagine isso? eu, mulherzinha que sou, ir pra uma festa glamourosa daquela com aquela roupa que eu tinha passado o dia todo, sujinha, descabeladinha?). Era um pesadelo! Resolvi relaxar. Acompanhei a passagem de som da Apanhador Só e depois a Pessoas Invisíveis, que passaram duas músicas. O som tava lindo, perfeito, limpinho.




A assessora da Trama chamou os meninos pra darem uma entrevista pra TV Cultura. E nada desta bendita entrevista começar. Eu já tava agoniada, impaciente e doida pra ir pro hotel. Até que, graças a Deus, nos (a mim e à Carol) foi dada a tarefa de ir pegar as mochilas dos meninos no hotel, pois eles iam tomar banho no Vivo Rio. Pelos nossos cálculos, àquela hora (umas 20h40), sem trânsito nas ruas, ia dar tempo de tomar um banho rápido, pegar as roupas dos invisíveis, entregar uns ingressos aos amigos que nos esperavam na porta, esperar os meninos tomarem banho e ver o show. Ledo engano. Chegamos no hotel às 21h e às 21h20 Bruno me liga pra dizer que o show ia ser antecipado. Ao invés das 22h30, ia começar 22h. Putaquepariu! Nos arrumamos correndo (literalmente!) e rumamos pro local do show.











Lá chegando, ouço o último acorde de “Começo do fim”. Quase choro de chateação. Corri pro palco pra fotografar. Fiquei emocionada quando olhei pra platéia e vi a casa cheia, os gritos animados, a empolgação do público, os meninos cantando e tocando como se fosse a última vez, nem ligando se estavam cansados, com fome, sem tomar banho... Lindos, lindos, lindos, em estado de graça! Naquela hora, minha chateação passou e só senti uma grande alegria por tudo aquilo que estava acontecendo.

Queria que todos os nossos amigos estivessem lá. Sabia que era um momento breve, mas suficiente pra ser inesquecível. A cada música, palmas e os gritos clássicos de “Toca Rauuuuul!!”, “Toca War Piiiiigs!!”. O ápice foi a música “Eu amo você”, de Tim Maia, que rendeu gritos alucinados e aplausos calorosos. Nada mais propício, para uma noite que premiou um grupo de garotos paulistas que fez um clipe massa para a música “Bom Senso” e onde a DJ mandou um set legal de música brasileira, recheado com músicas do álbum Tim Maia Racional. No final do show da P.I., mais aplausos e mais gritinhos. Pena que durou pouco: 30 minutos. Enfim, eles tinham mesmo que largar o osso.




Depois do show, fomos pro camarim coletivo das bandas vencedoras do Trama Universitário: salgadinhos, frutas e cervejas à disposição. Umas pessoas legais, outras nem tanto. Mais entrevistas e felicidade estampada nos rostos dos garotos de Salvador, que viviam seu dia de Rock Star. Acompanhei Deco, o outro guitarrista da banda, numa visita que ele fez no camarim de Marcelo Cam(p)elo (piada interna!). Tietar não é meu forte, mas fui acompanhar o fã do vocalista do Los Hermanos, que queria que eu registrasse o emocionante momento. Mesmo com aquela altura toda, aquela cara de terrorista e aquele comportamento blasè no palco, Camelo é uma simpatia só. Ele nos abraçou, bateu um papo de alguns minutos (eu tava morta de vergonha, doida praquilo acabar logo!), riu o tempo todo de Deco, que rasgava seda (justificadamente!) pelo moço e ainda chegou a confessar “Camelo, você embalou a minha adolescência!”. Risada geral.




O detalhe é que Deco não tem mais do que 21 anos. Ele quase esqueceu de entregar o cd da Pessoas pra Marcelo. Entregamos e nos despedimos do simpático rapaz. Depois de conceder mais uma entrevista pra TV, Bruno desceu comigo pro meio da galera pra sentir como estava o clima lá embaixo. Deve ser chato ser famoso a ponto de não poder ficar na platéia. Não existe lugar melhor pra se assistir a um show do que lá embaixo, no meio da muvuca. Assistimos o final da apresentação da Apanhador Só, banda gaúcha bacaninha, uma espécie de Clube da Esquina com Mombojó. Mas me diverti mesmo no show dos paulistanos do Garotas Suecas, com sua Jovem Guarda pra dançar e um vocalista pra lá de carismático. O público também curtiu.

O show de Maria Rita, que ia fechar a noite, demorou pra começar, o que deixou os universitários cariocas meio indóceis, gerando vaias e gritos de “Maria Rita” em uníssono. Pra mim tava tudo lindo: uma DJ discotecando música brasileira de primeira, meu namorado comigo e amigos bacanas ao meu redor, tava (quase) perfeito. A não ser pela cerveja, que lá embaixo custava R$ 5 (pasmem!) A LATA!!! Finalmente o show da filha de Elis começou. Assistimos boa parte dele do fosso, debruçados no palco e fotografando de perto. Ela é linda, cheia de energia e dobrou o público com um cumprimento e um sorriso! Lembra muito a mãe no palco, mas tem personalidade própria e uma voz que, em duas horas de show, não desafinou uma única vez. O repertório foi das músicas mais conhecidas, com uma boa dose de Los Hermanos e Rappa.

Marcelo Camelo fez participação em três músicas, tocando violão e cantando, no momento mais bonito da apresentação (Bruno disse que, pela troca de olhares, ela tava com cara de quem ia dar “uns pega” nele depois. Eu não a censuraria!). Brincadeiras à parte, a química entre eles é incrível. Ele foi ovacionado, comprovando que Los Hermanos é a maior banda pop da atualidade, no Brasil. Depois disso, Glauco (o baterista) veio dizer que tava no camarote e que lá “tava massa, que tinha cerveja e uísque à rôdo e até um povo da Malhação” - porque festa carioca que não tem um Global, não é festa carioca que se preze! Não podíamos perder esse momento VIP.

Ficamos no camarote até o final do show de Maria Rita, que foi encerrado com a participação de Leandro Sapucahy, um sambista herdeiro de Zeca Pagodinho e Marcelo D2. E Maria Rita ganhou minha simpatia. Nos aprontamos para ir embora. Tínhamos adotado a filosofia “Ninguém Dorme”, mas a falta de um boteco aberto à caminho do hotel e a falta de cervejas no frigobar, nos impediu de colocá-la em prática. Chegamos no Sesc Copacabana e, como já era 5h da manhã, o soninho veio gostoso e inevitável. E a carruagem virava abóbora. Acabava o Dia de Princesa da Pessoas Invisíveis.

Ah, o título desse texto é uma referência a um dos momentos mais engraçados da festa, quando Bekko, o baixista, em um surto alcoólatra, gritou pra Bruno: “Patrão, eu to no submundoooooooo!” Hahaha!

Nilma Cris - primeira dama, fã e uma pessoa invisível nalguns shows da banda. (Nota da Edição).

29 Comments:

Blogger cebola said...

Parabéns Pessoas, vida longa e próspera.

19:11  
Anonymous Anônimo said...

Nao sabia que a censura tinha chegado por ai nao!!!!!!!!!!!!!

13:53  
Anonymous Anônimo said...

e eu não queria ter ido de jeito nenhum. nem a pau juvenal

15:04  
Blogger mov. nac. de busca e apoi a pessoas desaparecidas said...

chegou, pq comentar significar falar algo´pró ou contra a postagem, mas baixaria eu limo mesmo!

16:35  
Anonymous Anônimo said...

por isso que nada nessa cidade de merda nunca irá a lugar algum. vai desde o cara mal educado que liga o som no maximo e incomoda a vizinhança toda, até o imbecil que perde tempo e escreve como anônimo coisas que jamais teria coragem de falar na frente, pq falta culhão pra isso!

21:57  
Blogger Franchico said...

Pô, que rock massa! Toda sorte pra PI, que eles merecem.

10:36  
Anonymous Anônimo said...

maria rita????? que nojo. mais nojento eh ler o pessoal do rock elogiar maria rita em troca de um showzinho pereba. eh por isso que não vai pra lugar nenhum

11:11  
Anonymous Anônimo said...

Com certeza foi uma noite de primeira!
O show de Maria Rita é algo impressionante!!!!!
E os cumpadis, da PI fizeram bonito, só acho que eles deviam ter sido a segunda ou 3a banda...
Se Nilma me permite a discórdia... eu achei aquela banda de SP uma boa porcaria :)
Abraços a todos!

12:12  
Blogger Luciano Matos said...

Mas isso tem em todo lugar. Gente idiota tem em todo canto.
Massa o texto

14:00  
Anonymous Anônimo said...

Maria Rita é massa! O show foi foda! Que bom que o anônimo não quis ir, mais um imbecil longe de mim!

16:17  
Anonymous Anônimo said...

Oque eu acho foda é que as pessoas que comentam como anônimo aqui com certeza são as mesma que se dizem amigos, conversam e até fazem elogios. quer dizer que vc não queria ir pro rio com TUDO pago (tudo MESMO), ficar num hotel bala, tocar num som foda, pra 4.500 pessoas? A gente não vendeu a alma pra isso, só ganhou um concurso. Aliás eu não vejo nenhum demerito em tocar com a Maria Rita, o show dela é foda!

16:31  
Anonymous Anônimo said...

maria rita eh massa mesmo. e depois quando dizem q o rock morreu tem gente que fica puto

16:59  
Blogger mov. nac. de busca e apoi a pessoas desaparecidas said...

o que eu acho é que anônimo pode ser realmente seu amigo, gente que te pede ajuda, que sorri pra vc e cheguei à conclusão que até pode ser eu.
só uma coisa anônimo não pode: ter razão!

19:20  
Anonymous Anônimo said...

me diz aí. por ser anonimo, não pode criticar???
por discordar de atitudes, está errado?
por que, meu deus?

01:23  
Anonymous Anônimo said...

Bem massa o texto. Sorte à Pessoas, eles merecem.

10:54  
Anonymous Anônimo said...

o anônimo deve ser daquela banda lá.. a machina.. não tá rolando uma treta?

14:09  
Blogger Franchico said...

Quem não assume a própria opinião não tem o direito de emiti-la. A regra do jogo é esta. Publique-se e registre-se.

15:39  
Anonymous Anônimo said...

esse anônimos me dão a impressão de que as coisas aqui não vão nada bem. Como bruno falou, "por isso que nada nessa cidade de merda nunca irá a lugar algum." Concordo! um exemplo, a comunidade do Bahia Rock no orkut só tem merda! Só se fala merda! Só se discute merda! Acho que os anônimos são os que tão lá na comunidade, vão lá ver os tópicos que eles discutem que vocês vão ver.

16:51  
Anonymous Anônimo said...

esse anônimos me dão a impressão de que as coisas aqui não vão nada bem. Como bruno falou, "por isso que nada nessa cidade de merda nunca irá a lugar algum." Concordo! um exemplo, a comunidade do Bahia Rock no orkut só tem merda! Só se fala merda! Só se discute merda! Acho que os anônimos são os que tão lá na comunidade, vão lá ver os tópicos que eles discutem que vocês vão ver.

16:51  
Anonymous Anônimo said...

maria rita é uma MERDA. vcs são uns bunda moles mesmo

17:28  
Blogger mov. nac. de busca e apoi a pessoas desaparecidas said...

velho, não acho maria rita nada demais.

mas lois cyfer, entendo que o anonimato é a liberdade de não pagar pelo que pensa.
veja aqui no blog, não raro tem um me dizendo que foi errado eu falar a coisa da minha maneira.

sim, esse é o preço que eu pago, falando bem ou mal não me importando de que pese sobre mim as mesmas opiniões.

agora... baixaria, pensamentos pobres... ai vai uma distância de eu aturar, hein?!

18:18  
Anonymous Anônimo said...

sobre baixaria, concordo. mas aquele filme, o povo contra larry flint, lembra, sobre o preço da democracia? que seria admitir liberdade até para publicações como a hustler? por aí...
nenhum demérito em gostar de maria rita. nenhum também em achar que quem gosta é tapado. é só uma opinião.
ps. eu acho insossa.
ps. 2 eu não acho que quem gosta É tapado.
ps 3 eu odeio ps.s

19:18  
Blogger mov. nac. de busca e apoi a pessoas desaparecidas said...

de novo, não vou editar as opiniões contrárias, mas baixaria não tem vez...

se anônimo não tem educação doméstic ou não faz sexo há uma cara, que desopile energia noutro lugar. aqui a casa é minha e todo mundo é bem-vindo até antes de rezar na cartilha da falta de bom senso.

qto ao povo x larry flint, courtney love está espetacular...

19:35  
Anonymous Anônimo said...

sei lá o que o anônimo disse, mas quando eu tenho falar mal desse BABACA eu falo na cara.

00:59  
Anonymous Anônimo said...

em respeito a miwky, que é muito minha amiga, nao vou ficar reverberando essa discussão aqui no blog dela, que tanto ajuda nosso rock...

mas não é por isso que eu vou liberar aquele otário do bruno. no dia do show, é bom esse imbecil não folgar comigo nem com minha gente lá. senão parto a cara desse pateta.

14:55  
Blogger mov. nac. de busca e apoi a pessoas desaparecidas said...

ótimo, fico satisfeita por me tirarem mais este problema das minhas costas.

e se me permitem, a última palavra que digo sobre o assunto é que vcs só podem estar loucos! bruno? eduardo? limites por favor!

essa história de eduardo tentar atropelar bruno na rua é por demais psicótica pra minha cabeça!

por favor, encontrem logo a paz!

15:19  
Anonymous Anônimo said...

eu gostaria de selar a paz com um longo e caloroso abraço!
hahahahahahahhahahahahahaha!

15:49  
Anonymous Anônimo said...

aquilo que aconteceu vai ser resolvido na SET, eu falei que não ia liberar esse otário, folgou comigo, é sapeca iáiá.

quero só ver dia 15 se esse babaca vai folgar de novo lá no pub.

desculpe estar comentando isso de novo, miwkt, é que esse tipo de atitude imbecil desse idiota me revolta.

17:37  
Blogger mov. nac. de busca e apoi a pessoas desaparecidas said...

eduardo, percebe que vc tá virando criminoso??
tome pulso pra sanidade, meu filho.

e vão discutir isso longe deste blog limpinho. lá no mercadão deram maior visibilidade ao caso. eu não quero MAIS saber disso.

17:51  

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