domingo, outubro 29, 2006

Sobre a noite de sábado!



Então, muitos shows pipocando na cidade no sábado 28/10, mas o do Dublinner's Irish Pub tinha Pessoas invisíveis, Theatro de Séraphin com César Vieira estreando na guitarra e também foi o lançamento do ep UM Antidepressivo da banda Sine Qua Non. Em resumo, uma noite pra ser um rock do bom, num lugar que eu já curtia, apesar de ser o local que nunca vira sequer um show. Faltaria o que pra ser divertido e perfeito??

Infelizmente, faltou! Eu queria um novo operador de som. E não era só eu, era o público, as bandas da noite e o dono da casa.

Pouquinho depois das 23 horas começa o show da Pessoas Invisíveis. Não é difícil se divertir, cantar junto e dançar num show de Bruno, Glauco, Bekko e Deco. Acontece que tinha algo errado, uma confusão foi detectada já com os meninos ajeitando o palco e seus instrumentos, mas eu estava bem distraída, conversando no fundo do bar, junto a Nilma Cris (provavelmente inquerindo sobre a participação dela ou não no show da noite) e a senhora Carol de Glauco pra saber exatamente o que havia, uma pena não ter sido a única oportunidade da noite...

Bruno e os rapazes invisíveis começam com guitarras altas, bateria potente e baixo na medida, mas cadê a voz?? Normal até que vá se equalizando as coisas no andar dos trabalhos, mas eu tentava e tentava ouvir a voz de Seu Pizza e nada. Triste ter um show daqueles apenas como instrumental. Dentro de poucos dias estarão abrindo um show para a cantora Maria Rita e nas proximidades de também lançar seu Ep, na Casa de Dinha apadrinhados por Ronei Jorge e os ladrões de bicicleta.

Vez da Theatro de Séraphin e me torturava por novos adjetivos pra superlativizar a banda na próxima postagem deste blog. Tentam alguma coisa e... Nada! Passo mais pra perto deles e identifico que o problema era o técnico de som. Quem acompanha este blog vai achar que tenho birra com esses profissionais tanto que pego no pé, mas é melhor que fiquem atentos, pois o cara simplesmente pode destruir uma noite ou ajudar que tudo fique perfeito, por isso não me abstenho de falar deles quando a coisa não anda. Quando eu achava que o pior que podia acontecer seria o fato de não escutar nada da voz da banda, eis que o referido "profissional" resolve ter um ataque de estrelismo, além de se achar portador da bandeira da moralidade e tentar "domesticar" os músicos da noite com um argumento vazio, que não se sustentava com nada. Afinal de contas, ali no Portal da Misericórdia o som que vazasse do Dublinner's não conseguiria incomodar ninguém e / ou infringir qualquer regra que o tal do Lôro fosse supostamente penalizado.

No início da noite recebi a notícia que o show da Casa de Dinha havia sido embargado pela Sucom e mesmo sabendo que o Calypso há alguns finais de semana recebe a visita de um fiscal deste órgão da prefeitura não fiquei temerosa de que coisa parecida pudesse ocorrer naquele bar charmosinho, perto do Pelô, onde sempre rola muita festa até às tantas e que nunca é policiada.

Mas o Lôro queria que o som fosse abaixado e castigava a banda que "o desrespeitasse", limitando o som do microfone. Várias foram as tentativas de demovê-lo da postura autoritária, o público estava um tanto perplexo. Só os amigos, mães e namoradas dos integrantes da banda Sine Qua Non tinham força para protestar. A coisa foi resolvida com a intervenção do empresário do estabelecimento, garantindo liberdade do som do microfone para a banda captaneada por Artur Ribeiro poder dar início ao show. Não antes do guitarrista César Vieira fazer seu protesto tocando uns acordes de música de trio elétrico e proferir: "Pense num abasurdo: na Bahia tem precedente" e "Quem tá no rock é pra sofrer mesmo!". Foi só ligar o amplificador de guitarra e um som estridente tomou conta. Troca-se cabo, muda-se os canais, mas a coisa só se modifica com um novo amplificador trazido pelo próprio César. O clima foi esfriando... E a esta hora rodava um cheiro de incenso no ar, mas acontece que o fim prematuro do show da Theatro de Séraphin era inevitável, tocaram cinco músicas de um set list de nove.

Sobem ao palco os meninos da Sine Qua Non, bem abatidos pela noite de transtornos, ao invés de gozarem de ambiente mais propício para o lançamento de Um Antidepressivo, aliás, motivo da festa. Não consegui captar a identidade da banda, variando bem do estilo low-rock ao hip hop. O vocalista foi o mais incisivo da noite e também me chamou muita atenção o som de bateria uniforme e necessariamente agressivo quando solicitado. São bons músicos, pessoalmente simpáticos, bem preparados e que assim como público e outras bandas mereciam melhor respeito naquela noite.

13 Comments:

Anonymous Anônimo said...

O jeito é tocar num lugar que não incomode ninguém!!!!! Sei lá, com um tratamento acústico realmente bom...será que gasta-se tanto para isto?

Teve um amigo meu que conversou um tempo sobre um projeto dele de criar um aparelho que bloqueia o som sem precisar, necessariamente, fazer uma tratamento acústico...imaginem se ele avançasse nisso?

De resto, não devemos mais contratar este cara do som...infelizmente ele já "deu muito mole"!!

Beijos,

16:53  
Anonymous Anônimo said...

Nossa, que pena...a noite prometia! Apesar de eu nao estar lá...

Acho esses acontecimentos de um absurdo enigmatico!

A estreia de Cesar na Theatro merece uma nova chance! e quanto ao ep da Sine qua non....que traga bons fluidos para a banda.

Abraços, Liu (banda COX)

19:03  
Blogger cebola said...

Como já disse lá no rock loco, aconteceu o mesmo sábado passado, com a 4 de marte, o mesmo com a berlinda tempo atrás...é recorrente...só se soluciona com outro cara no som, só isso. Ele é cabeça dura, intransigente e pouco competente, só isso.

19:24  
Blogger cebola said...

miwkyta, licencinha:
Logo mais, no oculosdecebola.blogspot.com, entrevista com mr. Ricardo Spencer, sobre sonhos realizados, ambições, mercado fonográfico, clipes, é claro, e, é claro, premios...
cebola

20:53  
Blogger cebola said...

Vão lá em oculosdecebola.blogspot.com, em uma sensacional série de fotos enviadas por mr. Spencer, de aperitivo pra entrevista que vem logo depois.

02:40  
Anonymous Anônimo said...

Tenho acompanhado seu blog com mais frequência, sempre ativo, parabéns Miwky.

Quanto ao show, no sábado decidi ir pro Maicols, e dei com a cara na porta. Se soubesse antes até iria pro Dubliner's, mas pelo visto seria outra decepção. Uma pena lidar com esses operadores, a maior parte dos que vi na minha vida de rock em SSA são sempre péssimos para trabalhar. Esse é o fator que mais me desestimula a produzir shows, lidar com o pessoal do som.

Pra completar sua resenha só faltou falar o nome do sujeito, assim as pessoas ficam informadas e não caem nessa "armadilha" de novo.

Abraços.

12:25  
Blogger cebola said...

só vejo a estrela neste dubliners do centro, mas consigo fácil, fácil, o nome dele, aguardem, que ele merece...

14:01  
Blogger mov. nac. de busca e apoi a pessoas desaparecidas said...

obrigada galera, jan... vcs são sempre bem quistos aqui.

eu não sei o nome do figura, jan... a não ser o de guerra: Lôro.
é claro que eu não deixaria de dar esta informação pra proteger os músicos mesmo. parece que ele é fixo da casa em "questã", mas acho que quem for tocar lá DEVE exigir outro.

outra coisa, tem muita gente boa na operação de som tb... vamos fazer a correte pra só o melhor ter trabalho nas nossas produções, não vamos deixar de produzir não que senão a coisa não vai andar mesmo.

14:07  
Blogger Marcos Rodrigues said...

Teve uma coisa boa no sábado: o cara do som fez o último trabalho dele por lá. Foi dispensado. Conversei com o proprietário que, constrangido, até nos convidou para uma nova data.

15:29  
Blogger mov. nac. de busca e apoi a pessoas desaparecidas said...

não que eu seja a favor do desemprego, mas o cara tava pedindo, falaê!!

um viva!! porque a casa é massa!

16:13  
Anonymous Anônimo said...

Na Casa da Dinha o som que está sendo usado é da Canal Som. Não é o mais barato, mas são super profissionais e nunca deixaram ninguém na mão.
Quando o evento da Casa da Dinha foi embargado, quase que eu ia pra lá e até indiquei a algumas pessoas que ficaram sem opção, mas pelo visto seria outra frustração...
è meu povo rock aqui na Bahia é sinonimo de sofrimento mesmo.
E conhecendo a seriedade e o profissionalismo da turma da Theatro , fico muito triste.
E sinto muito pelas outras duas também por mais este momento de tristeza rock'n roll...
Seria bom divulgar o nome do cidadão causador do problema pra que ele nunca mais consiga entrar em nenhum evento que a gente venha a fazer..

16:22  
Anonymous Anônimo said...

O cara não era tecnico de som, era um armengueiro.

17:46  
Anonymous Anônimo said...

No jornal de hoje o pessoal do axé tava reclamando de falta de espaços pra tocar. O que é que certas pessoas têm na cabeça?

22:52  

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