segunda-feira, maio 15, 2006

Fim de jogo é só pra começar outra partida!!!




Domingão chuvoso de dia das mães, crise aqui com a falta de luz às vésperas do horário marcado, outros problemas técnicos com a banda a ser entrevistada e enfim seguimos com mais um domingo de bate-papo no msn superadas essas adversidades. Desta vez, são os seis meninos da Game Over riverside que contam sobre a banda, os shows e a cena rocker da cidade. Além disso, segue a crítica do ep homônimo da banda que deveria ter saído neste blog a uma cara. Desculpem, meninos! Mas o Burn Bahia Burn promete não ficar mais tão inativo.






Esta capinha verde, emulando uma partida de video game, traz os seis integrantes da banda Game Over riverside, vindos da Cidade Baixa, cantando em inglês e contando com nada menos que três guitarras. O ep mostra 4 musiquinhas que passam a impressão "deja vu" do que já escutamos antes, nada daqui de Salvador como vou ambientar. Seguem minhas impressões faixa-a-faixa:

1- Me and my band = 3:01' de som alto de guitarras, a gravação prejudica muito o vocalista que não consegue exprimir o vigor da sua vocalidade e o teor das letras, mas dá pra sacar um tom e style a lá Ian Curtis do Joy Division, o que acaba sendo ponto positivo pra eles. É o tipo de força que dá vontade de curtir ao vivo pra saber se confirma esta impressão, cria a curiosidade.

2- Radio no jinkan = O solo inicial desta música me remete à banda Interpol. O vocal continua sub, mas realmente a idéia do potencial segue firme, desta vez é algo como Eddie Vedder só pra ilustrar. Tem refrão que fica.

3- Deep waters = Esta é a faixa que mais me agrada de tão soturna que é, sabe aquela coisa "Iancurtisiana"?? Tá lá ainda! Bom, tenho que vê-los e ouvi-los ao vivo. Fica difícil pro baixista se alinhar a 3 guitarras, mas seu som segue vivo, pulsante, a não ser por uma pegada mais slow motion no meio da canção, que é quando mais a voz se sobressai e dá uma depressão leve ouvir o Sérgio cantar, não porque seja ruim, mas a melodia e letra exigem uma leve reflexão de quem ouve.

4- God in a talk show = 11:14' contando com um hiato aos 3:50' da música. O baterista se atrapalha um pouco, parece bem verde. Aliás, nessa faixa abusam dos efeitos, nada que destoe com força, só pra ajudar aquela barulhada como faria o Sonic Youth. 2 minutos de silêncio e a porrada, como se fosse um som vindo de uma banda de Metal. Até que Sérgio rasga o som com a voz "gritada", coisa que nos ressuscita o Kurt Cobain.




Sérgio, Ricardo, João, Léo, André e Leko - foto por Flávia




Miwky - Pra começar, gostaria que cada um se apresentasse, dizendo qual instrumento toca, se tem experiências em outras bandas e se estuda /estudou o instrumento...

João - Guitarra, tocava anteriormente na LVP (Los VermesPsicodelicos) daqui mesmo da Cidade Baixa, sou autodidata.

Léo - Bateria, tocava também na LVP, autodidata.

Sérgio - Vocalista, fui da Paraphrenia onde tocava guitarra, estudei comYonsen Maia, mas abandonei!

Ricardo - Baixista, também da Paraphrenia. Aprendi com um baixista de Heavy Metal que virou crente depois, imagina!

Leco - Guitarrista. Aprendi a tocar com Morotó Slim!

André - Guitarrista. Tocava na LVP também e sou autodidata!

Miwky - Contem como foi a idéia de formar a banda e como é ter seis integrantes?? 3 guitarras? Quanto tempo de formação?

Sérgio - Juntos a 3 anos, mais ou menos.

Léo - Foi juntar 2 bandas que haviam terminado e formar algo com os integrantes que tinham afinidade musical!

João - As 3 guitarras vieram porque alguns guitarristas não queriam ficar sem emprego, rsrsrs!

Miwky - Ah, a banda é cabide de emprego, né?? Rssssss! Eu tenho um ep de vocês com músicas só em inglês, o repertório é 100% assim?

Ricardo – É, sim!

Léo - Temos gravações melhores de músicas que estão neste EP.

Miwky - Poucas bandas da cidade ainda cantam exclusivamente em inglês, queria saber por que essa é uma opção pra a banda e como são os shows, onde estão rolando, como vêem a cena de Rock de Salvador e como o público responde à Game Over riverside??

Sérgio - No início era 70% em Inglês e 30% português. Depois o Inglês passou a predominar. Não é nada premeditado.

Ricardo - Lembro de uma entrevista do Belle & Sebastian em que eles dizem que a música está acima do idioma em que é cantada. Em nosso caso, tentamos ser universais com inglês, as bandas suecas são assim, as japonesas também, enfim. Podemos cantar em javanês que a galera curtiria nossa performance ao vivo.

Léo - O lance da gente cantar em inglês vem também muito das nossas influências! Temos tocado muito com as bandas Machina e Costeletas deFogo, que são duas das bandas que eu tenho mais curtido ultimamente no cenário soteropolitano!!!

Ricardo - Machina e Costeletas são ótimos! Tocamos com a Honkers também. A cena tá fervilhando! Era o momento de diminuir a centralização dos shows no Rio Vermelho, não que eu não goste de lá, mas é que tocamos na Cidade Baixa, na Boca do Rio (a impagável Casa de Beto Music Hall) e percebemos que há fãs de Rock em toda parte da cidade, buscando lugares mais próximos e acessíveis.

Miwky - Desde já, fica o convite pra tocarem no Café Ateliê de J.C em São Caetano, mas lá o Rock rola bem cedo e a idéia de descentralizaro Rock do Rio Vermelho também me agrada.

João - Pra gente está aceito! Também somos a favor do horário nobre, rsrsrsrs!

Sérgio – Não agüento mais chegar em casa às 5 horas da manhã após um show.

Miwky - Falem das influências da banda ou pessoais. Eu acho o vocal com um estilo muito singular, muito próximo ao do Ian Curtis, mas quando ouvi pelaprimeira vez, me lembrou muito a Interpol, percebem essas bandas marcadas no som de vocês?

João - Interpol é 10, mas com certeza é Joy Division que influencia, Nick Cave também. Eu tenho influências do tipo: Sonic Youth, Smashing Pumpkins, Guided by Voices...

Léo - Tenho escutado bastante Trail of Dead, Smashing Pumpkins, PinkFloyd, Beatles....

Leco - Escuto tudo que for de Progressivo....

André - Punk Rock, em geral....

Sérgio - Tenho escutado Vander Lee e Trans Am.

Miwky - Bom, bem diverso os sons que cada um escuta. Rssssss! A banda tem uma página lá na Trama Virtual, como é trabalham o lance de divulgação?

Ricardo - Estamos atualizando canais antigos e investindo em novos! A banda não faz objeção a nenhum meio: fanzines, sites, orkut, blogs, flogs, Outdoors em Marte...

João - Menos Big Brother Brasil da Globo!

André - Em breve vem nosso site oficial!

Miwky - Massa, massa... E os próximos planos, além do site?? Digo, gravações, shows???

João - O velho cd está previsto para o 2º Semestre desse ano!

Ricardo - Estamos acertando uma nova agenda para shows, provavelmente tocaremos com a Machina de novo, mas também queremos tocar com os malucos da Modus Operandi!

Miwky – Então, respondam ai: por que uma pessoa que não conhece a banda deveria ir num show de vocês? O que ela ganharia vendo e ouvindo tocarem?

João - Acho o show da gente muito empolgante! Nossa missão é salvar a noitedas pessoas, rsrsrs!

Ricardo - Ganharia rock acima de tudo!

Léo - Acho q as pessoas ganhariam muita diversão em ver um show nosso!!!!

Sérgio - Sem dúvida verá seis amigos tocando Rock, se divertindo e com certeza se contagiarão com a energia que mostramos no palco!

Leco - As pessoas terão a oportunidade de interagir com outras pessoas e tomar aquele velho bufu-bufu!!!!

André - Acho que as pessoas podem fugir dos problemas do dia-a-diaindo a um show nosso, com certeza vão ter muito com o que se distrair!


* A entrevista da Game Over riverside sai atrasada por motivos técnicos, gostaria de me retratar com a banda e com os leitores. Obrigada!

23 Comments:

Anonymous Anônimo said...

os gors são sexies, lindos e gostosinhos. destaque para ricardo cidade, o baixista mais djudjudju da bahia!

11:57  
Anonymous Anônimo said...

muito boa a banda, presença de palco das melhores que já vi...

13:02  
Anonymous Anônimo said...

Nem lembrava que gravamos esse ensaio. Isso deve ter uns 2 anos já. Vamos te passar nossas demos que estão rolando na net, essas estão em forma, ou quase isso.

Cidade

13:21  
Anonymous Anônimo said...

a GOR é fodona, destrói palcos, conceitos e relacionamentos com todo o poder que uma banda com 3 guitarras e um violino pode ter!!

13:34  
Anonymous Anônimo said...

GAME OVER P VCS!!!!!!

Com toda certeza os shoWs da game over são inesquecíveis, a performence deles no palco contagiam mesmo aqueles bêbados de fim de festa, imagine o resto da galera q ainda tá bem(auhhaua).
Essa banda é mto diferente de todas as que já vi na cidade, tem um som meio sonic youth, sei lá, misturam umas coisas loucas e dá esse efeito mto brocante.Certamente, uma banda q ainda vai dar mt oq falar por aí...digo pq sempre estou presente nos shows q eles fazem com a machina e acabei me interessando meeeesmo pelo som da banda.
Vale apena conferir!

14:35  
Anonymous Anônimo said...

Já tive oportunidade de ver o show da galera e sempre me passa uma ar de "mistério"...é viagem também qd o vocalista faz a performance que parece que está segurando um globo e tudo mais!!! acho o som interessante! Boa sorte!!!!

18:41  
Anonymous Anônimo said...

Sou fãn dessa banda ai alem de serem meus amigos..ando meio ausente devido ao trabalho...mas pretendo ir a um show o mais breve possivel pois preciso renovar minhas energias...o show é renovador..

rsrrs abração galera!

20:09  
Anonymous Anônimo said...

os caras destróem tudo, no palco são absolutamente foda!!!

13:05  
Anonymous Anônimo said...

os caras sao muito bons, mas naum vamos fazer criticas pesadas sem ver realmente a banda em palco, essa resenha esta muito mal feita neste sentido. E que coisa é essa de GOR???? horrivel!!!!!!

11:11  
Blogger mov. nac. de busca e apoi a pessoas desaparecidas said...

Críticas pesadas?? As únicas críticas que fiz demandam do cd que tenho nas mãos. E seria resenha MALFEITA.

o que eu poderia esperar mais do anonimato???

obrigada a game over riverside pela entrevista, vcs foram uns docinhos.

20:52  
Anonymous Anônimo said...

Go Riverside!!!!!!!!!!!!!

21:45  
Anonymous Anônimo said...

minha filha...parece que vc vive em outro mundo...vc não sabe como é difícil gravar alguma coisa com qualidade aqui em Salvador....esse seu comentário sobre a primeira musica da GORS foi infeliz...sai desse vida de gótica e presta mais atenção no que escreve...falou!

23:02  
Blogger mov. nac. de busca e apoi a pessoas desaparecidas said...

hahaha, vida de gótica??

vem cá, vc gostaria mesmo que eu passasse a mão pela gravação e achasse que tava tudo lindo??

desculpa, mas prefiro ser sincera do que passar uma opinião adiante que não seja o que EU PENSO, quem acha que faz melhor, basta abrir seu blog e fazer, oras.

quanto à qualidade das gravações: em salvador, muita banda tem excelentes discos gravados, gravando aqui. eu não sei como é a realidade de uma banda aqui, mas procuro saber a cada domingo.

volte sempre!

23:14  
Anonymous Anônimo said...

Olá,

É complicado quandos se faz uma resenha de um material de uma banda quando a pessoa nunca foi a assistir a nenhum show da banda... No caso desse material me parece que foi algo feito no início da Game Over Riverside, então, sinceramente, acho que foi de extrema falta de noção fazer uma resenha desse material. Ouvi duas músicas em no site:www.reidjou.com
e o que me pareci é que está sendo muito baixada, então, para os interessados é só e lá e baixar!!
A Game Over Riverside é uma das promessas boas do rock and roll baiano e pelo que percebi ninguém aqui está chateado com a resenha, apenas dando um palpite para que na próxima resenha tenha em mente procurar falar dos materias atuais e o que a banda está se propondo, ok? Fica aqui uma crítica legal e positiva para o rock baiano!!
Abraços!!

02:05  
Anonymous Anônimo said...

Valeuu!!!pela dica e lá eu encontrei uma entrevista com os caras da banda também!!E baixei a duas músicas...

02:12  
Anonymous Anônimo said...

que nada, é preciso ver a banda ao vivo! ai sim vão ver o que é game over riverside!
fabio

10:46  
Anonymous Anônimo said...

Bem o burnbahiaburn tem todo direito de fazer a critica que quiser, temos que ser profissionais uma vez pelo menos em salvador e deixar de brincar de fazer rock! temos que ter opiniões solidas, ela esta fazendo o trabalho dela!eu já vi a Game over riverside e sei que os caras são d+!
ana paula

11:01  
Blogger mov. nac. de busca e apoi a pessoas desaparecidas said...

seguinte histórico: rodrigo sputter da honkers me entregou este material a uma cara pra eu fazer a resenha no blog. como tava tudo aqui muito inativo, não fiz na época. aproveitei o momento da entrevista pra encartar junto.


deixei claro como tava datada a resenha.
quero muito ver a banda ao vivo, gostei muito do vocal, pelo que ouvi lá no show da machina, na jam. e a banda só entrou na série de entrevistas pq eu curto o som e recomendo.

ainda não tive oportunidade e realmente acredito que a banda esteja mais madura, nada mais natural.

as críticas bem fundamentadas, ainda que contrárias, são muito bem vindas a este blog, até mais que os elogios. voltem sempre!

12:51  
Anonymous Anônimo said...

a game ovo sempre bagunça tudo. inclusive o blog das outras.

17:06  
Anonymous Anônimo said...

discussão à parte, o som dos caras é ducaralho.

sucesso!!

18:57  
Anonymous Anônimo said...

discussão à parte, o som dos caras é ducaralho.

sucesso!!

18:57  
Anonymous Anônimo said...

Adoro essa banda desde a primeira vez que vi!É muito bom tocar SEMPRE com eles,dividir palco,etc...Parabens,meninos,vida longa!!!

20:19  
Anonymous Anônimo said...

se é pra fazer resenha, faça direito!!! Veja o show e escute gravações atuais. Não precisa ser tão incopetente só pq vc é amador!

Que porra de credibilidade vc acha que tem pra "recomendar" alguma coisa. Depois dessa, não entro pra ver mais nada nessa página.

01:59  

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