quinta-feira, agosto 05, 2004

Viva a Paulicéia!


Passei o último final de semana em São Paulo, e aproveitei para ver uns shows, claro. Na sexta-feira, teve a festa da Dynamite na Outs, uma casa noturna que fica na Rua Augusta. É um galpão, na verdade, com palco embaixo e uma pista em cima. Na verdade, existiam outras opções. Borderlinerz na Funhouse e mais umas 3 festinhas que prometiam “bombar” – e eu posso até ter escolhido a errada... Enfim, na Outs, 4 bandas e mais 2 DJs, mulher free a noite toda (sem entrada nem consumação), e estava vazio – bem vazio. Note-se: não estava chovendo e o frio da semana anterior não passava nem perto. Nenhum fenômeno “climático” que pudesse fazer as pessoas desistirem de sair. O lugar tem capacidade para 600 pessoas, mas acredito que o público não passava de 250, no máximo 300 pessoas, sendo muito otimista. Os shows foram curtos (até a parte que eu fiquei, porque começou muito tarde e só assisti as 2 primeiras bandas), e muita gente foi pra pista, deixando a parte do palco mais vazia ainda. A menina que estava discotecando era ótima, rolou Libertines, Strokes, Franz Ferdinand e todas as melhores bandas dos últimos tempos da última semana possíveis e imagináveis.
No sábado, teve Autoramas e Ludov, Forgotten Boys, Thee Butcher’s Orchestra e Los Sebozos, o projeto de alguns integrantes da Nação Zumbi que resolveram tocar só Jorge Ben, quase todos com ingressos a 5 pilas. Não fui pra nenhum.
Domingo, a caravana dos baianos em São Paulo vai assistir Júpiter Maçã e Os Abimonistas no Avenida Club. Festa marcada pra cedinho (20hs, os shows começaram umas 21hs), 2 DJs, um lugar do caralho, gente legal, som legal, só não sei se tinha cerveja barata, porque não sou adepta da loura gelada. Vazio, novamente... Nesse caso o preço pode ter pesado. O ingresso custava 20 reais, mas qualquer um praticamente podia pagar 10. Recebi umas 15 mensagens no Orkut, enviadas para umas duzentas comunidades, oferecendo pra colocar o nome na “lista” e pagar 10 contos.
Nunca tinha ouvido falar d'Os Abimonistas. Quando o vocalista abriu a boca, os integrantes da caravana dos baianos todos se olharam. Um soltou: caralho, parece muito com Ronei. A outra: esse cara ouviu muito Saci Tric. E eu: é porque vocês ainda não ouviram Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta... O som tem semelhanças marcantes, mas o que impressionou mesmo foi o vocalista (tanto a voz quando a performance). Bom show, boas músicas e letras bem humoradas. Júpiter Maçã (isso mesmo, Maçã) foi a loucura de sempre, e no show, do lado das caixas, ouvindo o som no talo, tudo soou muito mais psicodélico do que nos discos. Teve direito aos clássicos (Querida Superhist, Um Lugar do Caralho), e músicas mais novas, de singles recentes e que vão entrar no próximo disco (não lembro o nome de nenhuma agora). O show que eu e Luciano vimos em Curitiba (no RG Festival, começando às 6 e meia da manhã) foi beeeeeeeem melhor, mas valeu muito, de qualquer forma.
No domingo ainda teve o Street Rock, com Borderlinerz, Forgotten Boys e mais outras bandas na rua e de graça. Mas nessa hora eu tava dando um rolé nas ruas e galerias entupidas da Liberdade, e acabei esquecendo de ir.
Ah, a passagem da Los Canos por São Paulo ainda rendia comentários!!