segunda-feira, março 10, 2008

Sobre o fim de semana passado...

Abaixo relato da minha incursão ao show de lançamento do videoclipe da banda Cascadura, na Zauber e um mini diário de bordo do show da Matiz, dentro do festival Nordeste Independente, em Alagoinhas pela querida e também leonina Mariana Diniz - a vocalista. Obrigada, moça!

Queria as versões das outras bandas e também da receptividade do projeto em Feira de Santana, mas... Acompanhem!!


Sexta, 07/03 - Zauber = Lançamento do clipe: Ele, o super-herói

Ingressos ganho em sorteio na A tarde Fm, rumei com Patie pra Zauber, ambas gostaríam de ter perdido o show de abertura, que ficou a cargo da banda Capitão Parafina & os Haoles, mas não fomos tão competentes. Patrícia se queixa da faixa etária do público da banda, de como eles nos fazem parecer mais velhas. É assim mesmo, Patie, o novo sempre vem. Ainda bem!

Porém consigo gostar mais desse set da Capitão, também as piadas foram mais raras e bons músicos nunca escondi que são. Acontece que o som na Zauber é estranho, não dá pra entender direito o vocal e disso também padeceu a apresentação da Cascadura, muito embora esta tenha contado bastante com o côro da platéia. O que faz uma diferença!

Sacrifício foi conseguir assistir ao clipe, motivo da festa. Pessoa baixinha como eu, fiquei tentando me acomodar, tirar do campo aquele monte de cabeça que se amontoou diante do telão. E a peça é simples, trata-se de um show da banda tendo, adivinhem só, o acompanhamento do público, nada demais, não é?

Sei que o clipe foi gravado em pleno carnaval, música selecionada na comunidade do orkut pelos assinantes dela, letra da música distribuída entre a figuração e ficou redondo, porém é um clipe simples: estão lá "os casca", tomados em seus uniformes vermelhos, tocando e o público acompanhando. Vez ou outra eles empalidecem e a camisa se salienta. Não há um jogo de câmeras excepcional e senti falta de um roteiro mais elaborado. A direção conta com o trio que tem feito quase todos os clipes do rock na cidade: Reurê, Rodrigo Luna e Jero Soffer. Não disponível ainda no You Tube.

Sábado, 08/03 - Horto Neandertal - Alagoinhas, Festival Nordeste Independente = Atrações: DJ ANDRÉ, INVENTURA, KHARMA, MATIZ e OS IRMÃOS DA BAILARINA. - Por Mariana Diniz


Por volta das três da tarde o ônibus sai de salvador. Matiz, Irmãos da Bailarina, amigos, cerveja gelada. Eu não bebo porque fui no lançamento do clipe do Cascadura no dia anterior e quero preservar a voz. Eu tb não como por causa de uma dor de barriga pela ansiedade.

Chegamos em Alagoinhas com o dia ainda claro e conhecemos o lugar da festa. Eu tava curiosa pra como era, porque no ano passado tínhamos tocado no Tênis Clube de lá, e era grande, confortável, mas resultou que o espaço do festival Nordeste Independente foi uma ótima surpresa: ao ar livre, todo bonitinho: com espaço coberto pra mesas e cadeiras, com ambiente como uma exposição de quadros e esculturas, uma casinha do lado parecendo de sapê... Muito fofo.

Lá vamos nós passar o som (enquanto todos os amigos vão beber e jogar sinuca num bar próximo). O som se ajeita, o volume tá bom, o retorno tá rolando. Fazemos tudo rapidinho. Em seguida eu vou trocar de roupa, me maquiar, etc. E percebo que os meninos da banda me largaram e foram beber também. Se foderam porque rolou ranguinho e cerveja de graça. hoho!!
Como sempre, a produção da festa dando um banho nas que geralmente acontecem em Salvador: uma produção de primeira!

Depois de um tempo, quando estamos eu e Dinha tomando uma cervejinha no camarim, chegam dois meninos perguntando se a gente era da Matiz. Um deles estava com um pedaço de jornal na mão, pedindo pra autografar em cima da matéria que tinha a gente. Eles passaram um tempão lá, perguntaram um monte de coisa, tiraram foto comigo, com Dinha, com Dedé, com Leo, com todo mundo junto, muda de pose, foto com Luna (diretor do nosso primeiro clipe), com Surahbi (roadie-amigo-faztudo),com Perazzo (amigo bêbo), com Laryne (produtora dos Irmãos), com todo mundo junto de novo...!!! Depois deles, vieram mais algumas pessoas, todas muito fofas com a gente, pra tirar foto também, mas a gente ainda não sabia o que mais nos esperava...

A gente sobe no palco. A galera começa a gritar. Coemçam a gritar meu nome. "-Mariana! Mariana!". S-u-r-r-e-a-l. Não tem leonino que resista a isso, eu encarnei a cantora famosa mesmo! Rs. Uma menina gritava "-Vocês vão fazer a gente pular?? Façam a gente pular! Façam a gente pular!"

O show nem tinha começado ainda... Iniciamos com "Henri Matisse". Velho, a galera estava muito empolgada, não sei como explicar isso. Algumas pessoas sentadas no ombro dos amigos, me puxando, gritando, balançando a cerveja! Foi muita cerveja pra cima. Até que na segunda música a cerveja que a galera jogava caiu nos pedais da guitarra de Dinha e eles começaram a falhar. Eu não acreditava, só porque tava tudo massa ia dar algum problema??

Acho que passamos uns vinte minutos ou mais tentando resolver isso. Eu cantei Raul Seixas, Amy Winehouse, mas a galera queria hardcore. O único hardcore que eu sabia cantar era do "Capitão cometo e os formidáveis ladrões de parafina na terra do nunca extreme". Cantei. A galera enlouqueceu, rs. E eu desesperada pra que resolvesse tudo logo.

Bem, Dinha deu um jeito na guitarra e continuamos o show. Foi complicado pois tivemos que mudar todo o set list pra diminuir o show, tinha outra banda depois. Mas aquela galera de lá salvou! Nem parecia que tínhamos parado por tanto tempo. Era gente gritando, pulanado, me puxando. Eu tava louca no palco.

Teve um menino que jogava a blusa dele no palco pra eu pisar. Ele pediu tanto, mas pediu tanto, que eu pisei. Ele insistia "-Pisa! Pisa mais! Cospe na minha blusa!". Não é que eu cuspi?? hahaha! Foi uma loucura, acho que tava todo mundo meio anestesiado, a banda e o público. Impressionante como um público pode fazer toda a diferença e tornar um show muito melhor.

A gente não queria que acabasse. Quando terminamos, vieram várias pessoas falar conosco. Acho que eu nunca tirei tanta foto com fãs na vida. Eles eram muito carinhosos, falavam várias coisas legais, daquelas que nos dão ânimo de insistir nisso tudo. E é desse jeito que a gente volta de lá: tendo certeza que que a gente quer insistir, que aquilo dali não tem preço...

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

aí saiu "os pedais da bateria de Dinha', mas eh da guitarra!!

22:57  
Blogger jorginho da hora said...

Eu estive lá prá ver o cascadura, mas cheguei atrasadão. Boa sorte prá vc e sua amiga.

Um abraço.

20:49  

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